O Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que vai mudar a estratégia de vacinação no país a partir do dia 23 de fevereiro. A informação foi confirmada aos dirigentes da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), em reunião na manhã nesta sexta-feira (19).
De acordo com o presidente da FNP, Pazuello garantiu que o ministério aplicará, incialmente, apenas uma dose do imunizante a cada brasileiro com a remessa de 4,7 milhões de vacinas que deve chegar ao país no dia 23. A segunda dose será aplicada com a vacina produzida no Brasil, posteriormente.
“Com a chegada de 4,7 milhões de novas vacinas, a imunização será em 4,7 milhões de brasileiros, não a metade, como estava acontecendo até então”, afirmou a FNP. Segundo a organização, o ministério garantiu que conseguirá produzir doses suficientes para a segunda aplicação.
Além do presidente da FNP, Jonas Donizette, participaram da reunião os prefeitos David Almeida (Manaus/AM), Edvaldo Nogueira (Aracaju/SE), Edmilson Rodrigues (Belém/PA), Rafael Greca (Curitiba/PR) e Sebastião Melo (Porto Alegre/SE).
Emanuel Pinheiro (Cuiabá/MT), Bruno Reis (Salvador/BA), Eduardo Paes (Rio de Janeiro/RJ) e Duarte Nogueira (Ribeirão Preto/SP) também estiveram presentes no encontro.
Além da reserva de segunda dose, o ministro Pazuello também afirmou aos prefeitos que estuda colocar os professores como um dos grupos prioritários do Programa Nacional de Imunização (PNI). O pedido foi feito pelo presidente da FNP, Jonas Donizette.
Compra de vacinas
Os prefeitos Rafael Greca (Porto Alegre), Emanuel Pinheiro (Cuiabá) e Bruno Reis (Salvador) também informaram a Pazuello que têm interesse em adquirir a vacina por conta dos próprios municípios e pediram apoio ao ministro.
Bruno Reis disse que Salvador já fechou uma carta de crédito com o Banco do Brasil, mas a ação foi barrada na Índia “porque a embaixada colocou óbice”. “Faço um apelo, não queremos disputar com o governo federal, mas seria importante permitir que estados e municípios pudessem comprar para garantir a imunização”, disse o prefeito.
Além disso, segundo o presidente da FNP, Pazuello pediu que laboratórios que tenham ofertas de vacinas entrem em contato direto com o ministério, e que a pasta cuidará da distribuição aos estados e municípios depois das possíveis negociações.
“Isso é realmente uma obrigação do governo federal. Muitas vezes o município quer fazer a compra para ele, mas nós temos um programa nacional”, afirmou Donizette.
Outros pontos
Além da campanha de vacinação, os prefeitos discutiram o pagamento de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do governo federal aos municípios. Segundo Donizette, o governo federal afirmou que irá pagar pelo funcionamento os leitos de UTI durante os meses de janeiro e fevereiro.
De acordo com Pazuello, o pagamento não foi feito porque a Lei Orçamentária ainda não foi aberta no Congresso Nacional. “O ministério está com expectativa de receber um crédito adicional de R$ 2,8 bilhões para fazer o pagamento, porque algumas prefeituras ainda não receberam”, explicou Donizette.
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