Lei que mutila Ficha Limpa é da filha de Eduardo Cunha e beneficia ex-presidente da Câmara e outros ‘fichas sujas’

Eduardo Cunha e Danielle Cunha, participam de noite de autógrafos sobre o livro “Tchau, querida: o diário do impeachment", na espaço Pátio Galeria de Arte. Cunha narra conversas com os ex-presidentes Lula e Michel Temer. Também fala sobre o impeachment de Dilma, em 2016, quando era presidente da Câmara. Sérgio Lima/Poder360 09.06.2021

O Congresso Nacional se prepara para mandar para os ares a Lei da Ficha Limpa. De autoria da deputada federal Dani Cunha (União-RJ), o texto pode favorecer, entre outros inelegíveis, o pai dela, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PRD-SP).

Eduardo Cunha está inelegível até 2027. Se a lei for aprovada, ele recupera a capacidade eleitoral a partir de 2024. Especialistas acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também pode se beneficiar.

O advogado Márlon Reis, um dos autores da Lei da Ficha Limpa, diz que este é o “maior ataque já sofrido” pela legislação. Ele acredita que condenados por narcotráfico, por exemplo, poderiam ficar elegíveis antes mesmo de terminar o cumprimento da pena. Para ele, os parlamentares estão “reduzindo drasticamente o prazo de inelegibilidade para permitir o retorno à vida pública de vários condenados”.

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