O Itaú Unibanco demitiu nesta segunda-feira (8) cerca de 1 mil funcionários que trabalhavam sob regime de home office ou em escalas híbridas. O Sindicato dos Bancários de São Paulo reclamou da forma como os desligamentos foram conduzidos. Segundo funcionários, não houve comunicação prévia a nenhum dos atingidos.
De acordo com o sindicato, o banco disse aos funcionários que monitorava as atividades dos colaboradores havia cerca de seis meses. Um dos motivos alegados pelo Itaú é que muitos passavam períodos de mais de quatro horas sem ligar os computadores fornecidos pela empresa, o que representaria baixa adesão ao sistema de home office.
O sindicato contesta essa informação: diz que o posicionamento do banco distorce a realidade dos funcionários que trabalham de casa, pois exclui a complexidade do serviço, a escolha de horários alternativos para o trabalho e eventuais falhas técnicas nos equipamentos do banco.
A demissão em massa no Itaú Unibanco também contrasta com o cenário econômico vivido pela instituição. Movimentações desse tipo costumam ocorrer apenas quando há alguma dificuldade financeira enfrentada pela empresa. Porém, o banco informou ao mercado lucro de mais de 22 bilhões de reais no primeiro semestre deste ano.
Em nota, o banco confirmou as demissões e afirmou que os desligamentos não têm qualquer relação com a agenda financeira da empresa. Conforme o Itaú Unibanco, “em alguns casos, foram identificados padrões incompatíveis com nossos princípios de confiança, que são inegociáveis para o banco”.
