Governadores anunciam ‘Consórcio da Paz’ envolvendo estados Sul, Sudeste e Centro-Oeste para apertar cerco ao crime organizado

Fotos: Fernando Frazão, Rafa Neddermeyer/Agência Brasil e Ricardo Stuckert/PR

Dois dias depois da operação policial mais letal da história do Brasil, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), anunciou a criação de um “consórcio da paz” com governadores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

A iniciativa, apresentada no Palácio Guanabara, busca, segundo os governadores, integrar ações e compartilhar estrutura entre estados no combate ao crime organizado.

O encontro, marcado por críticas ao governo Lula (PT) e à PEC da Segurança Pública, reuniu Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO), Jorginho Mello (PL-SC), Eduardo Riedel (PP-MS) e a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP). Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) participou por vídeo; Ratinho Jr. (PSD-PR) alegou compromissos e não compareceu.

Castro afirmou que o consórcio terá sede no Rio e funcionará com compartilhamento de inteligência, equipamentos e efetivos. O governador associou a iniciativa a uma defesa da “autonomia dos estados” e criticou normas federais que regulam o uso da força policial.

Governadores aliados aproveitaram o encontro para criticar o governo federal e defender atuação mais dura contra facções.

Caiado associou o avanço do crime organizado no Rio à ADPF das Favelas, decisão do STF que restringiu operações policiais na pandemia, e classificou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública como tentativa da União de retirar poder dos estados. 

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