Um ex-assessor do ex-ministro Geddel Vieira, condenado no ano passado a 14 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso de malas contendo R$ 51 milhões em um apartamento remetido a ele em Salvador, foi nomeado nesta quinta-feira (28) a chefe de gabinete do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A nomeação de Marco Antônio Ferreira Delgado foi assinada pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, e publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Geddel foi ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República do governo de Michel Temer. Ele foi condenado neste ano pela Justiça Federal por improbidade administrativa por fazer pressão para conseguir um parecer favorável do Iphan na construção do edifício de luxo La Vue, na Barra, em Salvador. O ex-ministro da Cultura e deputado federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ) o acusou de pressioná-lo. Geddel nega.
Marco também já havia atuado anteriormente, entre 2011 e 2013, no Ministério do Turismo, tendo sido inclusive chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo.
Geddel, que também foi ministro da Integração Nacional no governo Lula, foi condenado no ano passado a 14 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso de malas contendo R$ 51 milhões em um apartamento remetido a ele em Salvador. Ele foi preso em setembro de 2017, ficou no presídio da Papuda, no Distrito Federal (DF), e foi transferido no ano passado para Salvador.
bro de 2017, ficou no presídio da Papuda, no Distrito Federal (DF), e foi transferido no ano passado para Salvador.
Desde o segundo semestre do ano passado, o Iphan está envolto a polêmicas relativas às nomeações de superintendentes. A última foi a nomeação da presidente do órgão, Larissa Rodrigues Peixoto Dutra. A nomeação de Larissa foi amplamente criticada por servidores e ex-servidores do Iphan, além de entidades como o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). Isso pelo fato de Larissa, formada em Turismo e Hotelaria, não ter em seu currículo referências a uma atuação relacionada com preservação do patrimônio histórico e cultural do país.
Discussion about this post