
Com a aproximação do verão, aumenta a procura pelos procedimentos estéticos. Mas toda intervenção deve ser feita com profissionais capacitados. Recentemente, vários casos de cirurgias plásticas realizadas em locais inapropriados e com profissionais não capacitados, levaram pacientes à morte, em todo o país.
A orientação é sempre checar se o médico responsável pelo procedimento tem cadastro ativo no Conselho Regional de Medicina (CRM) do estado. Além disso, recomenda-se buscar profissionais com especialização na área e, de preferência, afiliados à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), além de verificar se o procedimento será feito em ambiente adequado, com todo o aparato necessário, com centro cirúrgico ou suporte para o caso de situações adversas.
Para o cirurgião plástico Dr. Tarcísio Guerra, membro da SBCP, é muito importante pesquisar antes de escolher o profissional para obter os melhores resultados e não colocar a vida em risco. “É recomendado verificar sempre quais as técnicas mais modernas e seguras, qual será a estrutura hospitalar oferecida e os materiais de suporte”, orienta.
Neste período, os procedimentos mais procurados são lipoaspirações e implantes mamários. Para Dr. Tarcísio Guerra, que esteve no último mês na Colômbia, onde aconteceram os avanços mais recentes em lipoaspiração, as técnicas mais modernas garantem maior segurança, melhores resultados e uma recuperação mais rápida.
Quanto aos implantes mamários, ele garante que, embora muitas pacientes desejem colocar grandes volumes, é preciso que o cirurgião plástico as oriente corretamente e estabeleça os limites que o corpo dela irá suportar, caso contrário, muitas complicações podem surgir no pós-operatório ou meses depois.
E são muitos os fatores que podem comprometer o resultado na cirurgia de implante mamário. Um recente artigo científico da Plastic and Reconstructive Surgery listou 52 variáveis que precisavam ser cuidadosamente analisadas no pré-operatório da paciente para que se tenha uma boa cirurgia.
Um dos fatores mais discutidos é justamente a escolha do volume e formato da prótese que se deve utilizar. “Há muito tempo, sabemos que os implantes precisam ser indicados individualmente de acordo com cada biotipo, porque as pessoas são diferentes, apresentam estrutura óssea e elasticidade da pele diferente e isso precisa ser levado em consideração. E esse é um dos pontos que mais se deve orientar e mesmo educar às pacientes,” afirma o cirurgião.
Segundo ele, hoje há uma procura bastante expressiva de mulheres que desejam mamas mais naturais, sem grandes volumes, mas existem ainda uma parcela significativa de mulheres que querem o contrário, implantes maiores e com volume mais chamativo. “Nestas pacientes, costumo avaliar e indicar os tamanhos mais adequados de acordo com o físico delas e explicar que grandes volumes, incompatíveis com o tórax e elasticidade da pele, irão provocar a médio e longo prazo uma série de complicações, como desenvolvimento de estrias de difícil tratamento, perda de resultado precoce com ptose mamária, distensão da pele, risco maior de alterações de sensibilidade do mamilo, risco de sinmastia, que é a união na parte central do tórax das mamas, além de dores de coluna cervical e comprometimento da harmonia corporal, deixando a mulher com aspecto de maior peso”, alerta Tarcísio Guerra.