O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, delegado Anderson Torres, pretende trocar o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Rolando Alexandre de Souza. Será o terceiro nome a comanda a polícia em pouco mais de dois anos. Nesta terça-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu aval para que o novo titular da pasta promovesse as mudanças. Ainda não houve indicação de substituto.
Bolsonaro comentou brevemente a troca durante a cerimônia de posse de Anderson. “Eu quero te agradecer, Anderson, por ter aceitado o convite, que realmente é um desafio. Não é fácil e não é um ministério complicado, mas é um ministério que tem muita responsabilidade. Abaixo de você ali, diretamente subordinado entre outras, [está] a sua própria Polícia Federal”, destacou.
O presidente completou. “E é natural a mudança. E a gente sabe que você, todas as mudanças que efetuará no seu ministério, é para melhor adequá-lo ao objetivo, ao qual você traçou. Você quer o Ministério da Justiça, o mais focado possível para o bem de todos em nosso país”, frisou.
Em meio à crise decorrente da exoneração do então diretor Maurício Valeixo, Rolando de Souza assumiu a chefia da PF em maio de 2020. Ele foi indicado por Alexandre Ramagem, impedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de assumir o cargo.
A demissão culminou na saída do então ministro da Justiça Sergio Moro – que alegou, à época, que a troca seria uma tentativa do presidente Bolsonaro de interferir politicamente na corporação.
Nos bastidores, comenta-se que Torres e Rolando se dão bem e estreitaram relacionamento durante a passagem de Torres pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Os dois, porém, não pertencem ao mesmo grupo na PF.