O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizou um ato, no dia 21 de novembro de 2019 – dois dias depois de oficializar a desfiliação do PSL –, para lançar a criação de um partido para chamar de seu, o Aliança pelo Brasil. Um ano depois daquele evento em um hotel de Brasília, apenas 45.077 assinaturas foram validadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) das 491.967 necessárias para originar um partido – o que representa 9% do necessário.
Das 27 unidades federativas do Brasil, cinco não registraram nenhuma assinatura validada sequer – Acre, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí e Tocantins. Por outro lado, o Paraná é o estado com maior número de assinaturas – 5.548. O local é seguido por Maranhão, com 4.599 rubricas, e Santa Catarina, com 4.443.
O segundo vice-presidente do Aliança pelo Brasil, o advogado Luís Felipe Belmonte, credita a situação à pandemia da Covid-19 e avalia que até o início de fevereiro já terá recolhido as fichas necessárias.
“Trabalhamos em dezembro [de 2019] e janeiro [de 2020] e, agora, retomamos em setembro. Estamos muito bem, quase 300 mil fichas já arrecadadas, só que o sistema do TSE não processa. Primeiro, por causa da pandemia. Depois veio a eleição. Agora vão começar a analisar”, comenta Belmonte, avaliando que até o início de fevereiro de 2021 estará com toda os documentos que precisam.
“Se o presidente vier para o Aliança, ele será o candidato [à reeleição em 2022]. Se ele se filiar a outro partido, é uma conveniência política dele, que ele vai ter que avaliar. [Mas] Se ele procurar outro partido, o Aliança será um partido de sustentação dele”, afirmou Belmonte.
Caso se formalize, Bolsonaro será o presidente da legenda e um dos seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o primeiro vice-presidente.
Bolsonaro sinalizou, nesta semana, que, caso não consiga viabilizar o Aliança pelo Brasil, terá uma “nova opção” em março do próximo ano. “Não é fácil formar um partido hoje em dia. A gente está tentando, mas se não conseguir, a gente, em março, vai ter uma nova opção”, disse ele a apoiadores no Palácio da Alvorada.
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