Quais agravos devem ser atendidos pelas Unidades de Saúde da Família (USF) ou pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Essa é uma dúvida muito comum entre a população, sobre qual lugar procurar em caso de uma doença, emergência ou até mesmo um mal-estar.
A rede municipal de saúde é formada por uma série de serviços que se complementam e buscam atender as pessoas de acordo com a demanda e de maneira eficiente. Para esclarecer sobre a referência de cada serviço, profissionais de saúde da rede municipal explicam quem deve ser atendido nas Upas ou procurar uma Unidade de Saúde da Família.
A porta de entrada preferencial para o Sistema Único de Saúde (SUS) são as Unidades de Saúde da Família. Os usuários podem procurar o serviço e serem atendidos no mesmo dia (consultas do dia) ou, agendados conforme avaliação biopsicossocial. Há também outros serviços, como: vacinação, realização de testes rápidos, entrega de medicamentos, troca de curativos, injeções, além do atendimento médico, odontológico e de enfermagem, característicos da atenção primária.
“Todas as Unidades contam com uma equipe multiprofissional composta por: enfermeiros, técnicos de enfermagem, dentistas, médicos, profissionais administrativos e gerente saúde, que auxiliam no gerenciamento e encaminhamentos para melhoria de fluxo e assistência no serviço além de, farmacêuticos, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, educadores físicos, agente comunitário de saúde, assistentes sociais, algumas das especialidades dos profissionais do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica, os NASFs”, explicou Joyce Virgolino, diretora do Distrito Sanitário II.
“A atenção básica, que são as Unidades de Saúde da Família, atendem situações de baixa complexidade, sendo 80% das demandas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhamento para outros serviços, como emergências e hospitais’, completou.
O médico da família tem uma formação ampla e integrada, que prepara o clínico para fazer o atendimento de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, homens e mulheres, sendo capaz de resolver cerca de 80% dos motivos que levam as pessoas a procurar um médico.
UPAs – As Unidades de Pronto Atendimento funcionam initerruptamente 24h por dia, sete dias por semana. É uma estrutura de complexidade intermediária, para casos com gravidade média de urgências (quando não há risco de vida) e emergências.
As Unidades estão diretamente conectadas ao Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), a rede hospitalar de João Pessoa e a diretoria de regulação, que fica de sobreaviso para os encaminhamentos aos hospitais e serviços conveniados.
O município de João Pessoa conta com quatro UPAs, com serviços de raio-X, eletrocardiografia, pediatria, laboratório de exames e leitos de observação e ainda colabora para a diminuição das filas nos prontos-socorros dos hospitais. Quando o paciente chega às unidades, os médicos prestam socorro, controlam o problema e avaliam o diagnóstico e prognóstico de cada caso.
“A assistência é dinâmica e segue o critério de classificação de risco para cada paciente, que é estabilizado e, quando necessário, são encaminhados a hospitais de referência, explicou Najara Rodrigues, enfermeira e diretora geral da UPA Valentina.
Em 2019, as quatro unidades registraram um total 67.479 atendimentos pediátricos. O número corresponde a uma média de 5,6 mil atendimentos mensais e 186 atendimentos diários nesta especialidade. Desde a inauguração UPA Especialidades, nos Bancários, em agosto do ano passado, a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) oferece à população da Capital 100% de cobertura de unidades de pronto atendimento. Ao todo, são quatro unidades, cada uma com capacidade de atender 200 mil pessoas, somando uma cobertura para um total de 800 mil habitantes.
Quando devo procurar a UPA: Em casos como problemas de pressão; corte com pouco sangramento; queda com torsão e muita dor; queda com suspeita de fratura; febre alta; fraturas; cólicas renais; intensa falta de ar; convulsão; dores no peito e, vômito constante.
Classificação de Risco – Para a classificação de risco nos serviços, a Rede Municipal de Saúde segue o Protocolo de Manchester, um dos modelos mais utilizados no Brasil. Segundo o protocolo, o paciente é classificado na cor vermelha como atendimento emergente devendo ser atendido imediatamente; na cor laranja como caso muito urgente e atendimento em 10 minutos; cor amarela para atendimento urgente devendo ser atendido em até 60 minutos; cor verde como atendimento pouco urgente e podendo esperar até 120 minutos e na cor azul como não urgente e atendimento em até 240 minutos.
Secom\JP
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