Moro anuncia pacote que conceitua organizações criminosas e altera 14 leis

Federal Judge Sergio Moro during a session of the Committee on Constitution and Justice of the Senate that discuss changes in the Code of Criminal Procedure, in Brasilia, on September 9, 2015. Judge Moro leads Brazil's huge anti-corruption drive that investigates the cases of corruption in the state-owned oil company Petrobras. AFP PHOTO/EVARISTO SA

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anuncia nesta segunda-feira (04), em Brasília, seu pacote de projetos que buscam alterar, pelo menos, 14 leis em vigor e mira, principalmente, organizações criminosas. A proposta envolve os códigos penal, processual e eleitoral. Também atinge as leis de execução penal e crimes hediondos. O pacote menciona o combate a organizações criminosas, citando nominalmente PCC, Comando Vermelho e milícias.

Os grupos seriam oficialmente citados em lei como exemplos para que uma organização criminosa seja entendida em termos de estrutura e força econômica. Entre as ideias, está a possibilidade do uso de agentes policiais disfarçados nessas organizações.

O texto, que foi preparado pela equipe do ministro, foi enviado à Casa Civil na última 6ª feira (1.fev). Passou por ajustes finais e será apresentado nesta 2ª para governadores e secretários de Segurança Pública. Depois, será enviado ao Congresso Nacional para dar início a tramitação.

​No campo penal, existe a proposta de execução provisória para condenados em 2ª instância e o aumento da efetividade dos tribunais de júri, como a execução imediata da pena em casos de homicídios.

As medidas visam endurecimento do cumprimento de penas e sua elevação para crimes ligados a armas de fogo. Além disso, inclui legislação para permissão do uso do bem apreendido pelos órgãos de segurança pública.

Em vídeo publicado neste domingo (3.fev), Moro classifica o projeto como ‘simples, com medidas bastante objetivas’.

Bem fáceis de serem explicadas ponto a ponto, para poder enfrentar esse três problemas. O crime organizado alimenta a corrupção, que alimenta o crime violento. Boa parte dos homicídios está relacionada à disputa por tráfico de drogas ou dívida de drogas. Por outro lado, a corrupção esvazia os recursos públicos que são necessários para implementar políticas de segurança públicas efetivas”, afirmou.

O ministro, entretanto, afirmou que o governo não tem condições de resolver todos os problemas, mas pode ‘liderar‘ o processo de mudança.

A sociedade tem que ter presente que o governo não resolve todos os problemas, mas o governo pode ser um ator, pode liderar um processo de mudança”, disse.

Eis o vídeo:

https://www.facebook.com/JusticaGovBr/videos/2323147174581958/

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