No julgamento do Impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o senador paraibano Cássio Cunha Lima, líder do PSDB no Senado, antecedeu seu questionamento acusando a presidenta de mentir à nação durante o processo eleitoral. O senador afirmou que o impeachment começou nas ruas, com a manifestação de indignação do povo brasileiro. O senador ainda atribuiu à Dilma, por meio dos atos que estão em julgamento, a culpa pela crise econômica e a questionou, por fim, sobre a criação do Plano Safra: “Quantas reuniões a senhora participou para discutir, elaborar e criar o Plano Safra?”
A presidente reconheceu que não foi a idealizadora do Plano Safra. Ela afirmou que todos reconhecem a importância do programa para o fortalecimento da agricultura do país e que seu governo foi o responsável pelo maior financiamento do programa. Em sua defesa, a presidente discordou do senador em relação a espontaneidade do processo de impeachment, alegando que o não houve um desejo “das ruas”, mas que foi resultado de uma chantagem feita pelo então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
A presidente usou dados relativos aos preços da soja e do petróleo para dizer que não sabia do aprofundamento da crise econômica antes das eleições. “A queda foi brutal (em outubro), mas os dados revelam que a crise foi mais forte em janeiro”, afirmou. Mais adiante, a presidente disse que “ninguém tem bola de cristal para perceber isso em toda sua dimensão”. Para encerrar, Dilma afirmou que “é muito difícil começar a discussão dizendo que a culpa da crise são três decretos e a operação do Plano Safra”.
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