Quem tem acompanhado as sessões da Câmara Municipal de Campina Grande tem a nítida impressão de que o prefeito Bruno Cunha Lima (UB) virou um verdadeiro ermitão político — abandonado até pelos seus. Nenhuma alma viva do campo situacionista tem ousado erguer a voz em defesa do alcaide, que parece ter perdido o último fiapo de prestígio dentro da própria base. O silêncio dos aliados, aliás, fala mais alto do que qualquer discurso oposicionista.
Na sessão de ontem, o clima foi de vale-tudo verbal, e o prefeito serviu — sem trocadilhos — de prato principal. Segundo os vereadores Wellington Cobra e Pimentel Filho, ambos do PSB, a comida oferecida no Hospital Pedro I “não serve nem para alimentar porcos”. Pimentel ainda completou, com ironia afiada: “Acho que porco não come isso.” Enquanto isso, Bruno segue calado, talvez esperando que, no banquete das críticas, sobrem ao menos as migalhas de algum aliado disposto a lhe oferecer uma defesa — ainda que requentada.




