Moraes critica ‘coação’ em primeiro dia de julgamento de Bolsonaro e outros sete réus

Reprodução Youtube

O primeiro dia do julgamento do ex-presidennte Jair Bolsonaro e de outros sete réus acusados de tentar um golpe de Estado após as eleições de 2022 seguiu o script mais ou menos esperado tanto pelos apoiadores quanto pelos opositores do ex-presidente da República. O ministro-relator, Alexandre de Moraes, usou a abertura da sessão para mandar recados a Bolsonaro e defender a imparcialidade da corte, que, segundo ele, vem sofrendo pressões internas e externas.

Moraes afirmou em sua fala que “a omissão e a covardia não são opções para a pacificação”. O ministro também endereçou recados ao filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro. “Essa coação, essa tentativa de obstrução, não afetarão a imparcialidade e a independência dos juízes deste Supremo Tribunal Federal”, declarou, reiterando que a soberania nacional é “inegociável”. Ao fim do discurso Moraes iniciou a leitura do relatório que resume a tramitação do processo.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, fez sua sustentação oral elencando as provas coletadas na investigação que comprovariam a tentativa de golpe de Estado pelos oito réus em julgamento, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com Gonet, os acusados tinham como objetivo desacreditar o sistema eleitoral brasileiro para impedir a proclamação do resultado das eleições.

O PGR também mencionou o plano de assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

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