O casamento entre União Brasil e Progressistas foi oficializado nesta terça-feira (19), em Brasília, mas, na Paraíba, o enlace ainda terá um longo período de convivência forçada até abril de 2026, quando será definido quem assumirá o comando da federação no Estado.
O impasse é grande porque os dois partidos caminham em direções opostas no cenário nacional. O União Brasil, sob a liderança do senador Efraim Morais, já anunciou o rompimento com o presidente Lula (PT) e a disposição de apoiar Jair Bolsonaro ou qualquer outro nome indicado pelo ex-presidente nas eleições de 2026. Já o Progressistas, presidido no Estado pelo deputado federal Aguinaldo Ribeiro e que tem a senadora Daniella Ribeiro entre suas principais lideranças, prefere manter a aliança com Lula.
Esse alinhamento ficou ainda mais claro após o vice-governador Lucas Ribeiro, pré-candidato ao Governo do Estado, afirmar que pretende disputar as eleições em dobradinha com o petista. O gesto recebeu reforço nacional: Lucas foi saudado como futuro governador pelo senador Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas.
Esse é o tabuleiro político que se desenha na Paraíba: se a definição sobre quem comandaria a federação saísse de imediato, dificilmente o lado derrotado permaneceria no agrupamento. Mas, com a decisão adiada para abril de 2026, União e Progressistas terão de conviver sob o mesmo teto, ainda que em “camas separadas”, até o desfecho final.