Congresso vira ‘panela de pressão’ após prisão de Bolsonaro e temperatura deve aumentar

Bolsonaro e os filhos Flávio, Carlos, Eduardo e Rena. Foto reprodução twitter @BolsonaroSP

Com o tarifaço americano que entra em vigor nesta quarta-feira já precificado pela classe política, Brasília seguiu dominada pelo impacto da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. No reinício dos trabalhos legislativos pós-recesso, deputados e senadores instalaram um motim nas duas casas, ocupando as mesas diretoras de onde as sessões são conduzidas e prometendo obstruir as votações caso a Câmara e o Senado não pautem a anistia dos envolvidos na trama golpista e o impeachment de Moraes. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), criticou a ação dos senadores, e a classificou como autoritária. Com o impasse instalado, os presidentes das duas casas optaram por cancelar as sessões de terça-feira no Congresso.

Os parlamentares da oposição amotinados são liderados pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Em tom de ameaça, Flávio afirmou que os protestos só terminariam se as duas casas aceitarem pautar o que ele batizou de “pacote da paz”, que inclui também o fim do foro privilegiado, com o objetivo de “abrandar” as relações entre os três Poderes da República.

Dos Estados Unidos, o filho 03, Eduardo Bolsonaro, disse à jornalista Bela Megale que segue trabalhando para que Donald Trump imponha mais sanções ao Brasil e afirmou que, ao não pautar o impeachment de Moraes e a anistia, Alcolumbre e Motta “estão no radar” do governo americano. “Ou tenho 100% de vitória, ou 100% de derrota. Ou saio vitorioso e volto a ter uma atividade política no Brasil, ou vou viver aqui décadas em exílio.”

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