A entrevista do procurador da Fazenda Nacional e pastor da Igreja Cidade Viva, Sérgio Queiroz, ao programa Frente a Frente, da TV Arapuan, foi, sem dúvida, muito reveladora. Como o candidato mais votado na última eleição ao Senado, tendo, inclusive, ido para o ‘sacrifício’, sendo vice de Queiroga para Prefeito no ano passado, Queiroz demonstrou uma postura que mistura firmeza e pragmatismo, deixando claro que só entrará de cabeça na disputa política se as condições forem favoráveis a um consenso, sem brigas ou puxadas de tapetes.
O que chama a atenção é sua postura de alguém que, apesar de assumir uma posição de direita, foge do fanatismo e das polarizações extremadas. Diferente de muitos, ele não passa a vida atacando Lula ou colocando Bolsonaro como ‘bezerro de ouro’, o que demonstra uma postura mais aberta e equilibrada. Sua visão de que o grupo bolsonarista deve estar aberto a alianças com outras forças políticas na Paraíba revela uma compreensão madura do jogo político, onde alianças estratégicas podem ser essenciais para o sucesso.
Além disso, Queiroz deixou claro que, se não houver um ambiente de consenso e uma composição que o torne competitivo, ele prefere seguir sua carreira de procurador e pastor, sem se envolver em disputas que possam ser desgastantes ou desnecessárias. Essa postura revela um político que valoriza a integridade e a coerência, ao mesmo tempo em que demonstra uma visão realista do cenário político local.
Por fim, sua menção ao vice-governador Lucas Ribeiro, como possível candidato à reeleição pelo Progressistas, mostra que ele está atento às movimentações políticas na Paraíba, mas sem se deixar levar por disputas acirradas ou interesses pessoais. Sua postura sugere que, para Queiroz, o mais importante é atuar com responsabilidade e buscar a melhor equação, seja na política ou na sua missão como pastor.
Em suma, a entrevista de Sérgio Queiroz foi muito esclarecedora, mostrando que ele não deve embarcar em aventuras, posto que sua condição é de valorizar o diálogo, a construção de consensos e a responsabilidade com o seu próprio nome. Uma voz que certamente merece atenção na política paraibana.