Neste domingo, 25 de maio, celebramos o Dia Nacional da Adoção, uma data que nos convida a refletir sobre o gesto singular de acolher uma criança como própria. A adoção é, sem dúvida, um ato de amor sem medida, uma demonstração da misericórdia e da graça de Deus, que nos acolhe como filhos e nos oferece a oportunidade de sermos também instrumentos de Seu amor.
Para mim e minha esposa, essa experiência tem sido profundamente transformadora. Somos pais de trigêmeos, e podemos dizer que eles são como incenso, ouro e mirra — presentes preciosos, tesouros ofertados por Deus, que encheram nossas vidas de alegria, esperança e fé. Assim como na canção ‘Amor da adoção’, de Milton Nascimento e Mundo Bita, esse gesto é o coração que fala mais alto, porque é por meio dele que recebemos nossos filhos. Eles são o trem, e nós, seus pais, somos os trilhos que os guiam e sustentam nessa jornada de amor e crescimento. Clique aqui e ouça a música.
Segundo Santo Agostinho, o coração é a sede da razão, da vida emocional e, sobretudo, o lugar onde Deus se revela e é experimentado pelo homem. É nele que encontramos a verdade e o amor divinos. A adoção, portanto, é um ato que nasce do coração, uma expressão do amor que Deus nos inspira a viver e a compartilhar. É um chamado divino para amar com toda a nossa força e energia, construindo uma ponte de esperança e acolhimento para aqueles que mais precisam.
Que neste dia possamos refletir sobre o valor desse gesto, que é mais do que uma ação — é uma expressão do amor de Deus que nos convida a sermos seus instrumentos de misericórdia e compaixão. Afinal, ao adotarmos, estamos não apenas acolhendo uma criança, mas também reafirmando que o verdadeiro amor é aquele que se doa sem reservas, guiado pelo coração e inspirado por Deus.
Ivandro Oliveira é jornalista