Quase 2 mil dias após Livânia escancarar esquema de corrupção, Operação Calvário continua sem ser julgada e Ricardo Coutinho fazendo campanha em João Pessoa

Quase dois mil dias após a ex-secretária de administração da Paraíba Livânia Farias, escancarar em delação premiada na Operação Calvário, que o ex-governador Ricardo Coutinho recebeu quase R$ 2 milhões de suas mãos em propinas paga pela Cruz Vermelha, Organização Social que administrava o Hospital de Trauma de João Pessoa, o petista continua livre e o pior fazendo campanha na Capital, como se fosse o político mais honesto do Estado.

“Entreguei R$ 800 mil ao governador Ricardo Coutinho. Entreguei R$ 1 milhão também ao governador Ricardo Coutinho”, disse Livânia em depoimento no âmbito da operação Calvário. Ricardo foi preso na Operação Calvário em dezembro de 2019.

Atualmente, Ricardo faz campanha para o candidato a prefeito Luciano Cartaxo (PT). Aliás, ele conseguiu emplacar a sua esposa, Amanda Rodrigues, como vice de Cartaxo, e se apresenta, juntamente com a parceria, com paladino da moralidade e da ética, ignorando o seu passado nebuloso, recheado de inúmeras graves denúncias de corrupção.

O empresário Daniel Gomes, operador da Cruz Vermelha, também acusou, em delação, que o ex-governador Ricardo Coutinho liderava a organização criminosa apontada, em denúncia da Operação Calvário, como responsável pelos desvios de R$ 134 milhões da Saúde e da Educação do Governo da Paraíba. “Ricardo é o líder, indiscutivelmente”, disse Daniel Gomes.

O esquema de corrupção começou nas eleições de 2010, segundo informado pelo empresário Daniel Gomes. Em áudio divulgado por Daniel, Ricardo questiona sobre o pagamento de quantias em atraso. “Aquela contribuição tá sendo repassada?”, indaga o ex-governador em áudio vazado por Daniel.

Compartilhe: