A ascensão de Sebastião Reis Júnior no lugar da ministra Laurita Vaz na relatoria da Operação Calvário junto ao Superior Tribunal de Justiça deverá provocar um afrouxamento significativo nas medidas restritivas envolvendo integrantes da organização criminosa, desbaratada pela força tarefa liderada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE), que aponta um desvio de mais de R$ 350 milhões da Saúde e da Educação na Paraíba. Reis, segundo suas próprias decisões, é tido como juiz ‘garantista’, isto é, mais favorável ao ré até que o mesmo tenha sentença transitado em julgado.
Aliás, em várias oportunidade, ele julgou contra os pareceres de Laurita Vaz, para aliviar as cautelares, inclusive as do ex-governador Ricardo Coutinho, agora no PT.
A expectativa é que Coriolano Coutinho ‘surfe’ nessa nova ‘maré’ do STJ e consiga um habeas corpus que permite, por exemplo, passar as festas de final de ano em casa, a começar pelo Natal. Nos bastidores, os advogados do irmão do ex-governador Ricardo Coutinho esperam o relaxamento da prisão, para que ele siga cumprindo as cautelas em domicílio, com o uso de tornozeleira, até o final do ano.
Coriolano foi preso a primeira vez, em dezembro de 2019, quando da Operação Calvário 7 (Juízo Final), juntamente com seu irmão Ricardo Coutinho e mais 15 pessoas acusadas pelo Gaeco de integrarem uma organização criminosa, que desviou mais de R$ 134 milhões em recursos da Saúde e Educação. Em fevereiro de 2020, Coriolano foi solto e, posteriormente, preso, em dezembro de 2020 (Operação Calvário 10), por violação no uso da tornozeleira eletrônica.
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