A CPI da Covid no Senado deve esquentar com a aprovação pelos seus membros de uma sessão secreta com o deputado federal Luís Miranda, do DEM-DF, a quebra de sigilo de Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de logística da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, e a convocação do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros, do Progressistas do Paraná. Esses e outros requerimentos foram aprovados na sessão desta quarta-feira (30) da comissão.
Luis Miranda, em entrevista exclusiva para a Crusoé, detalhou a oferta de propina para não atrapalhar o negócio da Covaxin, feita por um lobista ligado a Ricardo Barros. O requerimento de oitiva reservada foi impetrado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). “As denúncias são muito graves. Isso precisa ser esclarecido”, disse Vieira na sessão de hoje da CPI, que também vai ouvir Ricardo Barros, líder do governo.
A CPI convocou e determinou ainda a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telemático e telefônico de Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de logística da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde.
Dias é apontado como o servidor do Ministério da Saúde responsável por pedir propina ao representante da empresa Davati Medical Supply por um contrato de fornecimento de 400 milhões de doses de vacinas. O ex-diretor teria solicitado US$ 1 por dose de vacina.