Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, o presidente Jair Bolsonaro disse na noite desta terça-feira, 23, que o governo pretende fazer de 2021 o “ano da vacinação de todos os brasileiros”. A fala ocorreu poucas horas após o Brasil registrar a pior marca de mortes por Covid-19 desde o início da pandemia, com 3.128 óbitos apenas nas últimas 24 horas.
Em tom diferente do que vinha usando nos últimos pronunciamentos, o presidente abriu fala falando dos desafios da nova variante da Covid-19 no País, se “solidarizou com todos aqueles que tiveram perdas” e disse que sempre defendeu vacinas, desde que fossem aprovadas pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Estamos fazendo e vamos fazer de 2021 o ano da vacinação dos brasileiros. Somos incansáveis na luta contra o coronavírus”, disse. Focando ações do governo, o presidente minimizou o próprio papel que teve na crise. Apenas nos últimos meses, foram vários os episódios em que Bolsonaro minimizou a pandemia, criticou o uso de máscaras, se manifestou contra vacinas e provocou aglomerações, inclusive uma registrada no mês passado em Tianguá, no Norte cearense.
“Estamos no momento de uma nova variante do coronavírus, que infelizmente tem tirado a vida de muitos brasileiros. Desde o começo, eu falei que nós tínhamos dois grandes desafios: o vírus e o desemprego. E, em nenhum momento, o governo deixou de tomar medidas importantes tanto para combater o coronavírus, tanto para combater o caos na economia”, diz Bolsonaro.
Em breve pronunciamento, de apenas cerca de cinco minutos, o presidente disse que, até o final do ano, está garantida a chegada de 500 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 no País. O pronunciamento marca uma mudança no tom do presidente em diversos pontos relacionados à pandemia.
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