O governador da Paraíba, João Azevêdo, já tem o aval dos prefeitos da região metropolitana de João Pessoa para endurecer as medidas de isolamento social a fim de conter os efeitos de sobrecarga no sistema de saúde provocada pelo avanço de casos de Coronavírus na região. Em reunião realizada com os prefeitos Luciano Cartaxo (João Pessoa), Berg Lima (Bayeux), Emerson Panta (Santa Rita), Victor Hugo (Cabedelo) e Márcia Lucena (Conde), para discutir o quadro da pandemia na Região Metropolitana de João Pessoa, que representa mais de 70% dos casos de COVID-19 no estado, Azevêdo recebeu sinalização para decretar um lockdown (fechamento total) a partir da próxima semana, caso fluxo de pessoas nas ruas fique abaixo de 50% neste final de semana.
A reunião desses gestores resultou na criação de um grupo de trabalho que deve começar a se reunir neste sábado (9) para discutir com órgãos de trânsito, secretarias de saúde e segurança do estado e dos municípios, para monitorar aspectos como isolamento social e evolução do contágio, dados que vão servir de parâmetro para um novo encontro entre governador e prefeitos na próxima quarta-feira (13), onde podem ser ampliadas as medidas restritivas já existentes, podendo até mesmo ser decretado um lockdown (fechamento total) na Região Metropoltana, caso o número de diagnósticos permaneça crescendo no ritmo que está.
Em entrevista à rádio Arapuan FM, da Capital, João Azevêdo declarou que a Paraíba pode vir a adotar um rodízio de veículos com base no número final da placa do carro durante a pandemia, como forma de desestimular as pessoas a saírem de casa. Ele deu como exemplo a cidade de São Paulo, que reduziu as faixas de rolamento nas principais vias para criar um congestionamento e desestimular as pessoas a saírem de casa.
anunciou a aquisição de mais 110 mil testes e a instalação de pontos de drive-thru para examinar pessoas com sintomas gripais.
O governador disse que o plano para combate ao Coronavírus no estado prevê, até o momento, a instalação de 401 leitos de UTI e 905 de enfermaria em todo o estado e que o maior problema atualmente é a taxa de ocupação das UTI’s. Dos 204 leitos instalados até o momento, mais da metade estão ocupados.