Parlamentares criticam participação de Bolsonaro em protestos a favor de intervenção militar no Brasil

O presidente Jair Bolsonaro chega ao Congresso Nacional, acompanhado dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e Senado, Davi Alcolumbre, para levar o projeto do governo de reforma da Previdência

Membros do Congresso Nacional reagiram a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, aos protestos populares realizados, neste domingo (19), em Brasília.

Os principais alvos das manifestações foram o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre, e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Alguns manifestantes carregavam cartazes pedindo a intervenção militar, fato que ganhou destaque nas reportagens dos veículos de imprensa do Brasil.

Vários políticos aproveitaram a oportunidade para fazer ataques ao presidente Bolsonaro, classificando a participação dele em um dos atos como um “incentivo à desobediência” e uma “escalada antidemocrática”.

O deputado Rodrigo Maia disse que o País precisa lutar contra o “vírus do autoritarismo”:

“O mundo inteiro está unido contra o coronavírus. No Brasil, temos de lutar contra o corona e o vírus do autoritarismo. É mais trabalhoso, mas venceremos. Em nome da Câmara dos Deputados, repudio todo e qualquer ato que defenda a ditadura, atentando contra a Constituição.”

O senador Álvaro Dias (PR) afirmou que Bolsonaro credita ao Congresso os problemas do seu governo:

“Fica difícil aceitar essa transferência de responsabilidade para o Congresso do fracasso do governo federal. O presidente age como se estivesse em um parque de diversões.”

O senador Weverton Rocha (MA) disse que Bolsonaro se mantém em um palanque e que “cruzou a linha da irresponsabilidade”:

“Se mantém em palanque e incita um movimento, que pode ter como consequência a morte de inúmeros brasileiros. Já faz tempo que cruzou a linha da irresponsabilidade e se tornou crime contra a saúde pública.”

Já o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirmou que o mesmo Bolsonaro que chama o Centrão para negociar é o mesmo que crítica a “velha política”.

“Não se governa da caçamba de uma pick-up. E não se lidera mentindo para as pessoas”, disse Alessandro.

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